ocupacaorosaleao.blogspot.com Ao lado do Bairro Zilah Sposito, em Belo Horizonte e Santa Luzia, MG, na região da Isidora, cerca de 1.500 famílias sem-terra e sem-casa, não suportando mais a pesadíssima cruz do aluguel, desde maio de 2013 começaram a ocupar um grande terreno abandonado há décadas.
sexta-feira, 27 de maio de 2016
quinta-feira, 26 de maio de 2016
quarta-feira, 25 de maio de 2016
terça-feira, 24 de maio de 2016
MANIFESTO DOS MORADORES ACORRENTADOS PELA PRESERVAÇÃO 100% DA MATA DO PLANALTO. Nota Pública.
MANIFESTO DOS MORADORES ACORRENTADOS PELA
PRESERVAÇÃO 100% DA MATA DO PLANALTO.
Nota Pública.
Hoje, terça-feira, dia 24 de maio de 2016, desde
cedo, por tempo INDETERMINADO, nós, povo do bairro Planalto e das Ocupações da
Izidora, estamos protestando diante da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), à
Av. Afonso Pena, Belo Horizonte, MG. Acorrentados, denunciamos à população de
Belo Horizonte, de Minas e do Brasil o descaso das autoridades da nossa cidade
e a intenção política de devastar a última área verde de Mata Atlântica de Belo
Horizonte: a MATA DO PLANALTO, no
bairro Planalto, região norte de BH. Somos lideranças, moradores da região e da
cidade, que há sete anos lutamos, para que a área de quase 200 mil m2 (200
hectares = 200 campos de futebol), com aproximadamente 20 nascentes, que abriga
espécies da fauna e da flora em extinção, como ipê amarelo, tucanos, répteis,
mico estrela, entre outras, seja 100% preservada.
Pagamos nossos impostos, somos cidadãos
belorizontinos. Temos o direito de escolher a cidade que queremos morar. Mas
nos ignoram a Câmara Municipal, o prefeito Márcio Lacerda (PSB) e seu Conselho
Municipal de Meio Ambiente (COMAM). As empresas Petiolare e Construtora Direcional,
que só visam lucro, são responsáveis por um projeto que pretende devastar a
Mata do Planalto, destruir suas nascentes e exterminar sua biodiversidade e
toda vida, que há mais de 50 anos habita aquela mata.
À revelia das irregularidades constatadas
no processo, como relatórios defasados de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que datam de 2010; da comprovação pelo
Ministério Público Estadual (MPE/MG) da área tratar-se de Mata Atlântica; de entrevista dada pelo secretário municipal
interino de meio ambiente e presidente do COMAM, Vasco Araújo, à TV MINAS, onde
afirma que “está lutando para dar o licenciamento”; já são provas cabais de um
processo que nasceu com vícios de origem e por isso deve ser impedida a sua
tramitação, que avilta a população da nossa cidade.
Acorrentados, denunciamos que estratégias têm
sido utilizadas pelo COMAM para conceder o licenciamento ambiental de um
projeto satânico. Denunciamos o conluio do prefeito de BH com a construtora
Direcional e a conivência do COMAM em aprovar um licenciamento de processo que
se arrasta há anos, apesar dos protestos da população em audiências públicas,
em passeatas, em carreatas, e dos processos na justiça. O bairro planalto
não comporta a construção de um condomínio de 760 apartamentos de alto luxo,
com 16 andares, 16 prédios, 1300 vagas de garagem, porque se encontra adensado
e não possui infraestrutura necessária para atender a demanda de novas famílias,
como escolas, postos de saúde, transporte público etc.
Acorrentados, queremos que a cidade escute nosso
grito por socorro. Temos direito a qualidade de vida, com a manutenção da MATA
DO PLANALTO que ameniza o clima, absorve a água da chuva, oferece água que
jorra de suas nascentes, que formam o córrego bacuraus e deságuam no Rio das
Velhas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a região não atende
o índice recomendado de área verde por habitante.
Acorrentados, denunciamos que a Construtora Direcional
em seu site com a campanha “viva a mata” está mentindo e tramando devastar a
MATA DO PLANALTO. O relatório técnico do MPE/MG garante que a MATA DO PLANALTO É BIOMA DE MATA ATLÂNTICA.
A Direcional mente ao dizer que a Mata do
Planalto só possui duas nascentes. Mentira! Que vai criar um Parque Municipal
(a população não quer, pois será parque privado: só para os granfinos que
puderem comprar os aptos luxuosos. Já temos o Parque Municipal do Planalto,
abandonado pelo poder público). Ludibriar a população é crime.
Ao pretender acabar com uma área de mata
exuberante, qual herança os poderosos querem deixar para nossos filhos, netos, para
as futuras gerações? Belo Horizonte ostentava o título de cidade jardim,
cantada em verso e prosa, e está se tornando inóspita, com poucas áreas verdes,
muito concreto, trânsito caótico. E vem aí a anunciada operação urbana, que de uma
vez por todas vai sepultar Belo Horizonte num emaranhado de arranha céus. Nossa
cidade está perdendo sua identidade e o povo está perdendo sua alegria no
trânsito, no concreto, na poluição, nos parques abandonados, e vai por aí
afora.
Acorrentados, queremos libertar nossa cidade do
entreguismo do executivo municipal e seus órgãos à ambição desmedida das
construtoras. A Serra do Curral foi retalhada. As mineradoras Samarco/VALE/BHP
e os governos mataram o Rio doce, agora querem devastar a MATA DO PLANALTO. Inadmissível!
Acorrentados, clamamos por justiça de Deus e dos homens. Duas Ações Civis
Públicas (ACPs), uma do MPE/MG e outra da Defensoria Pública de MG, e uma Ação
Popular, originadas de reivindicações do povo tramitam no TJMG. Que a balança do
TJMG penda para o povo e para a MATA DO PLANALTO. A cidade que queremos não
privilegia uma parcela da sociedade, mas ouve as/os cidadão/ãs. SALVE A MATA DO
PLANALTO!
Belo horizonte, 24 de maio de 2016.
Assinam
esse Manifesto,
Movimento salve a MATA
DO PLANALTO
Associação Comunitária
do Planalto e Adjacências
Comissão Pastoral da
Terra (CPT)
Movimento das Associações
de Moradores de Belo Horizonte (MAMBH)
Ocupações da Izidora
(Rosa Leão, Esperança e Vitória)
Projeto Manuelzão
Movimento pela
Preservação da Serra do Gandarela
Movimento pelas Serras
e Águas de Minas (MovSAM)
Apolo Heringer
(idealizador do Projeto Manuelzão, escritor e médico)
Vicariato Episcopal para
Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte
Ana Flávia Quintão
(Bióloga, Sinfrajupe – Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia)
Fórum Nacional da
Sociedade Civil na Gestão de Bacias Hidrográficas (Fonasc)
Movimento Parque
Jardim América
Brigadas Populares
Mídia Ninja
Contato para maiores informações: Magali 31 99671 6409,
Margareth 31 99279 0159, Dr. Wilson 31 999965 5030; Charlene 31 98534 4911, Ana
Cristina Drumond 31 991057721.
facebook: Salve a Mata
do Planalto
sábado, 21 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
quarta-feira, 18 de maio de 2016
terça-feira, 17 de maio de 2016
segunda-feira, 16 de maio de 2016
Aviso prévio para o Programa Minha Casa Minha Vida: aumento de 237,5% significa R$380.000.000,00 para o caixa da União à custa da retirada do pão e do leite das crianças.
Aviso prévio para o Programa Minha Casa Minha Vida: aumento de 237,5%
significa R$380.000.000,00 para o caixa da União à custa da retirada do pão e
do leite das crianças.
Por frei Gilvander Moreira[1]
Notícia grave do dia
13/05/2016 do vice-presidente Temer no exercício interino da Presidência: “Prestações
do ‘Minha casa, Minha vida’ subirão até 237% em julho”, no link, abaixo:
Diz a notícia, que
é parcial – temos que ler nas entrelinhas -, pois é do oligopólio midiático da
gLobo: “As prestações das moradias financiadas pelo “Minha casa, minha vida”
ficarão até 237,5% mais caras, em julho, para os beneficiários da faixa 1, a
mais baixa do programa, para famílias com renda bruta (renda familiar) de até
R$ 1.800 por mês. O percentual refere-se ao valor máximo, que passará de R$ 80
para R$ 270 por mês, válidos para quem tem rendimento de R$ 1.200,01 a R$
1.800. Já o valor mínimo, para famílias com renda até R$ 800, subirá 220%: de
R$ 25 para R$ 80.”
Alegou o ilegítimo (des)governo Temer – porque
Dilma não cometeu crime de responsabilidade, logo o afastamento dela é golpe - que
o reajuste se deve à “atualização dos custos da construção” e que a taxa de
inadimplência está em 23%. E prometeu construir 2 milhões de moradias até 2018.
Isso é o dito, mas o real é que retirarão todo e qualquer subsídio do Estado
para moradia popular. Ou seja, os valores a serem pagos pelas famílias pobres serão
os valores de mercado. Na prática, transforma quem eventualmente for
contemplado em futuras moradias do MCMV em inquilino que deve pagar o valor de
um aluguel: R$270,00 + 130,00 de condomínio = R$400,00. Isso para uma família
que tem renda familiar de até R$1.800,00 é impagável. Para pagar terá que
retirar o pão e o leite da boca das crianças. Nas cidades do interior, a regra
é as domésticas e juventude trabalharem por 200,00 ou 300,00 por mês. Logo, a
mensalidade de 270,00 será impagável. E, milhões de famílias da Faixa 1
sobrevivem com bolsa família e cestas básicas doadas pelos vicentinos ou por
pessoas solidárias.
Prometem construir 2 milhões de moradia. Se
fosse manter o valor de R$80,00 (valor no Governo Dilma), sobre 2 milhões de
moradias, o governo receberia R$160.000.000,00. Mas com prestações em valor de
aluguel, sobre 2 milhões de moradias, o governo receberá R$540.000.000,00.
Portanto, o (des)governo Temer receberá nos cofres da União R$380.000.000
líquidos, a diferença a mais que receberá. Isso é o sistema do capital. É
política econômica que crucifica milhões de famílias empobrecidas retirando o
pão e o leite da boca das crianças empobrecidas e logicamente jogando-as na marginalização
para serem assassinadas ainda enquanto crianças ou adolescentes. E pior, se não
forem barrados, arrumarão um jeito de aumentar em 237% os valores das 3,6
milhões de moradias do MCMV já entregues desde 2009.
Se fosse 2 milhões de moradias, com mensalidade
de R$25,00, valor para famílias com renda familiar de até R$800,00, o governo
receberia R$50.000.000,00. Mas aumentando em 220%, com mensalidade de R$80,00, sobre
2 milhões de moradias, o governo receberá R$160.000.000,00. Ou seja, R$110.000.000,00
no caixa da União. Isso é opção pelo mercado, pelo capital. Opção pelos ricos.
É crucificar e assassinar a conta gota diretamente 2 milhões de famílias e,
pior, sepultar a esperança de milhões de famílias que sabem que sem apoio do
Estado não consegue jamais comprar moradia e se libertar da cruz do aluguel ou
da humilhação que é sobreviver de favor ou nas ruas.
Enfim, com as características, acima, o Programa MCMV
3, se for implementado, será um programa de financiamento e não de
subsídio. Estão cortando todos os subsídios e tratando a moradia como
mercadoria e não como direito, o que significará a exclusão de milhares de
famílias. Se antes excluía as famílias sem renda, com Temer excluirá as
famílias de baixa renda. O Programa MCMV, com os aumentos acima, engordará os
bolsos de empresários, pois está organizado segundo lógica da moradia como mercadoria.
Controlar a especulação imobiliária e fazer reformas urbana e agrária continua
sendo um desafio necessário a ser enfrentado pelo povo organizado.
Com
a falta de reforma urbana e reforma agrária, a partir dos sem-terra e sem-teto,
o povo não terá outra opção a não ser ocupar, resistir, produzir e construir.
Belo
Horizonte, MG, 16/05/2016.
[1] Assessor da Comissão Pastoral da
Terra (CPT); www.freigilvander.blogspot.com.br
– www.gilvander.org.br , email: gilvanderufmg@gmail.com , face:
Gilvander Moreira.
Ocupação Rosa Leão, em Belo Horizonte, MG: bairro consolidado com 1.500 famílias em casas de alvenaria. Despejo nem pensar! BH, 15/05/2016.
Ocupação Rosa Leão, em Belo Horizonte, MG: bairro consolidado com 1.500 famílias em casas de alvenaria. Despejo nem pensar! BH, 15/05/2016.
sexta-feira, 13 de maio de 2016
quinta-feira, 12 de maio de 2016
segunda-feira, 2 de maio de 2016
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